Tempo.

Mas que tempo,
que este tempo não me deu,
mas que tempo,
neste tempo que desapareceu,
conto o tempo,
em que o tempo não havia,
conto o tempo,
em que o tempo desaparecia,
tanto que eu pedi ao tempo,
o tempo que eu queria,
tanto que eu pedi ao tempo,
mas o tempo partia,
e agora para o tempo vou olhando,
e vejo o tempo como um poço sem fundo,
e agora no tempo vou pensando,
olho o tempo...e tenho todo tempo do mundo!!!

Foi assim!

Por ali fui eu,
com esses sonhos...esses pensamentos,
com a esperança que em mim se deu,
daquelas frases...daqueles momentos.
Que boas foram as sensações,
tantas novas que experimentei,
em mim escorreram emoções,
nesses sonhos que alimentei.
Sorri...chorei e gritei,
senti-me incompreendido,
tantas palavras que falei,
nas vezes que me senti ofendido,
pensei...mudei e adaptei,
a minha atitude face às circunstâncias,
por vezes me moldei,
e sofri com as distâncias,
vivi para aproveitar de noite e de dia,
para dar tudo de mim,
com medo até calei o que sentia,
mas tudo foi assim!!!

Até um dia...

Até um dia...
Em que toquei aquela pedra fria,
e surgiu em mim uma magia,
que me fazia entoar aquela melodia...
que me enrolava de sintonia,
e me enchia de alegria!!!
Eram recortes de ventania,
mas todavia...
era algo que eu seguia,
que ainda assim me aquecia,
mas toda aquela filosofia,
era apenas um imagem,uma fotografia,
que com a realidade não condizia,
era uma mentira sombria,
aquela sensibilidade que eu via,
pura e simples...não existia!!!
Era apenas a minha fantasia,
numa mente oca e vazia,
de noite ou de dia,
a pedra me trás nostalgia,
e faço da minha poesia,
a minha pedra fria...
até um dia!!!!!